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sexta-feira, 17 de julho de 2009

ONDE CANTA O SABIÁ

Leiam interessantes interações poéticas com Casimiro de Abreu em:

http://www.germinaliteratura.com.br/sabiaseexilios.htm

domingo, 12 de julho de 2009

MOMENTOS (1997)


O ano de 1997 iniciou para o PÓRTICO com a publicação do livro de poesias MOMENTOS, de Marivaldo Paixão, um escritor já de alguma experiência, com trabalhos publicados e músicas gravadas. Seria o nosso décimo sexto livro publicado, mas um da Série Calíope.



FICHA TÉCNICA

Título: MOMENTOS
Autor: Marivaldo Paixão
Ano: 1997
Editora: Scortecci
Capa: Goulart Gomes
Orelha: Goulart Gomes
Prefácio: Valquíria Barbosa
Foto do Autor: Marianne Boker Torres
Páginas: 44
Tiragem: 500 exemplares

REFLEXOS DA VIDA

REFLEXOS DA VIDA
(Marivaldo Paixão, in MOMENTOS)

Quando você vê
Uma criança na rua
Pedindo um pedaço de pão
São reflexos da vida
Quem abrem ferida
Mas estão se acredita
Que um dia se faz

Quando você vê
Uma menina na rua
Vendendo seu corpo
Sem saber a razão
São reflexos da vida
Que abrem ferida
Mas então se acredita
Que um dia se faz

Lá fora, chuva na calçada
Sobre um corpo inerte
A espera que se faz, foi
Vai, se foi e nunca se faz
No lixo os restos, do resto
Entre os urubus
Pai, Pai, Pai, onde estás?
Se os vermes tomam conta da gente
É porque somos iguais

SEM PRECONCEITO (1996)

Publicado em 1996, SEM PRECONCEITO, de Bob Júnior, poeta fundador do PÓRTICO, traz uma criativa capa de Sávio Drummond, renovando a ideia do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci: um lado masculino, outro feminino; um lado negro, outro branco. Bob tem um grande compromisso com as questões sociais e raciais, sem deixar de expressar também o seu lado romântico. Um livro que orgulhou a todos nós pela sua intensidade.

FICHA TÉCNICA

Título: SEM PRECONCEITO
Autor: Bob Júnior
Ano: 1996
Editora: Scortecci
Capa: Sávio Drummond
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

O VERMELHO

O VERMELHO
(Bob Júnior, in SEM PRECONCEITO)


Quando vejo a cor vermelha lembro
do sangue que muitas vezes jorrou
pelos corpos dos pobres cidadãos
que lutaram pela liberdade desta grande nação
em tempos passados.


Hoje, presente, vejo correr o sangue
do meu irmão, varado de balas,
exerminado pelos órgãos repressores
armados de revólveres, fuzis AR-15, AK-47
metralhadoras;
sofre este ataque o pobre, o negro
o desempregado trabalhador
o homem do campo, agricultor
os eternos sofredores, que em suas orações
lamentam ao Senhor.


Órgãos repressores também compostos
por pobres e negros que se acham
verdadeiros senhores
na realidade outros sofredores
usados como bonecos do sistema
para satisfazer a burguesia e o sistema vampiro.

TRIBUTO AO POETA TUDE CELESTINO

TRIBUTO A TUDE CELESTINO
POESIA E BOEMIA PELOS 20 ANOS DE MORTE DO POETA DE IPITANGA
RECITAL DE "O ÁS DE OURO" COM TINA TUDE E RICK VIEIRA
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL PALMIRA & LEVITA
TERÇA - 21 DE JULHO DE 2009 - 20H
CENTRO DE CULTURA DE LAURO DE FREITAS

domingo, 5 de julho de 2009

ECOS DO TEMPO (1996)


ECOS DO TEMPO foi um livro inovador na história do PÓRTICO, por vários motivos. Para começar, ele apresentou a obra poética, há muito tempo guardada, de dois dos nossos melhores autores, o casal Loreta Valadares e Carlos Valadares. A capa e as ilustrações internas foram feitas por nosso grande amigo Sávio Drummond (fundador do grupo), que ainda faria várias outras capas de nossas publicações. O livro é dividido em duas seções: POEMAS DO TEMPO, de Loreta e ECOS DA VIDA, de Carlos, mas resultando em um torno harmônico, alinhavado pela paixão pela vida e pelos ideais socialistas de ambos. Foi também nosso primeiro "best-seller", que teve um concorridíssimo lançamento. Loreta ja não está mais entre nós, mas Carlos continua presente em nossas realizações. E todos nós continuamos louvando o grande talento dessa mulher admirável.

FICHA TÉCNICA

TÍTULO: ECOS DO TEMPO
Autores: Loreta Valadares e Carlos Valadares
Ano: 1996
Editora: Scortecci
Capa e ilustrações internas: Sávio Drummond
Orelha: Goulart Gomes
Páginas: 60
Tiragem: 500 exemplares

Estranha Terra

Estranha Terra
(Carlos Valadares, in Ecos do Tempo)
Estranha terra
de rebeliões perdidas
de sonhos amansados
vitórias contidas
Estranha terra
de menestréis ensandecidos
incandescentes
cantando ainda
os sonhos

Quando eu me for..., por Loreta Valadares

Quando eu me for
(se eu me for)
Vão até onde eu não fui
Caminhos do ilimitado
A face inédita do futuro
Sem fronteiras
Sem inimigo

Encontrem
os meios
da liberdade
e vão
tão longe
quanto possam
Limiares de um outro mundo
Sem oprimidos
Sem classes

E quando
as novas veredas
do socialismo
forem percorridas
lembrem-se de que
fui
até o impossível freio
(Só que me faltou o tempo)

RETALHOS DE AMOR (1996)

Ainda integrando a Série Calíope do Consórcio de Autores, RETALHOS DE AMOR, de Lucia Macêdo foi o décimo terceiro livro publicado pelo PÓRTICO.

FICHA TÉCNICA

Título: Retalhos de Amor
Autora: Lúcia Gomes Macêdo
Ano: 1996
Editora: Scortecci (SP)
Capa: Arnaldo Filardi
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

Viva a garrafa de pinga!

VIVA A GARRAFA DE PINGA!
(Lúcia Gomes Macêdo, in Retalhos de Amor)


Na calçada da Calçada
Dorme exposta, embriagada
Alheia a todos que passam
Uma madura mulher
Trazendo presa, entre as mãos
Com o dedo a apontar
A desgraça que a atinge:
uma garrafa de pinga.


Sonha!... (desastrosos sonhos!)
Perdida, a mendiga, a esmo.
Seu luar é o chão que abriga
Seus restos magros, desfeitos.
Traz no semblante a desdita
Amargurada, sofrida!


Londe de Deus e da vida
O seu pão de cada dia
Sua estrada e seu lar
É uma garrafa de pinga.


Para esquecer e não lembrar
Vegetando, ela se arrasta
No lodo da própria vida
Cambaleante ela grita:
- Viva a garrafa de pinga!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

BRUSCA POESIA (1996)


BRUSCA POESIA, décimo segundo livro publicado pelo PÓRTICO, foi a última antologia do ano de 1996, reunindo onze novos autores, a maioria deles inéditos em livro. O prefácio foi escrito pelo saudoso professor Carlos Pimentel.

FICHA TÉCNICA

Título: BRUSCA POESIA
Autores: Antonio Adonias, Argemiro Garcia, Bob Júnior, Cristiane Queiroz, Djalma Filho, Eduardo Seixas, Gilberto Nobre, Regina Sant'anna, Valquíria Barbosa, Veríssimo Jr. e Verônica Araújo.
Ano: 1996
Editora: Scortecci (SP)
Capa: Cíntia Sant'anna e Glauco Araújo
Ilustrações internas: reproduções de desenhos de Van Gogh
Páginas: 56
Tiragem: 500 exemplares

VIAGEM

VIAGEM
(Argemiro Garcia, in BRUSCA POESIA)

O ônibus percorre a estrada sinuosa.
A cada curva,
em meio à bagagem indiferente,
uma bola de basquete, curiosa,
vem espiar o que faz toda essa gente.
Uns dormem, sonham.
Outros
mastigam, tossem, cantam
canções que do seu jeito embalam
os sonhos de todos que se calam.
Mãos furtivas passeiam entre as pernas;
línguas se tocam, ansiosas,
e em meio a tantos ais
só lamentam que a viagem não demore um pouco mais.

O EDIFÍCIO FOFOCA (1997)

O ano de 1997 começaria com a publicação de um pequeno livreto de crônicas: O Edifício Fofoca, de Maria Lícia Fentanes Borges. Nele, a autora descreva algumas cenas de um codomínio surreal, cheio de personagens instigantes.

FICHA TÉCNICA


Título: O EDIFÍCIO FOFOCA
Autor: Maria Lícia Fentanes Borges
Ano: 1997
Editora: Pórtico Ed.
Capa: Iuri Vieira
Páginas: 24
Tiragem: 300 exemplares