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terça-feira, 30 de junho de 2009

ALMAS (1996)

ALMAS, de Lino Chamusca, décimo livro publicado pelo PÓRTICO foi o primeiro a ter ilustrações internas. E que ilustrações! Os desenhos de Lessa derão uma outra vida à obra, realçando a poesia de Lino, já a partir da capa.

FICHA TÉCNICA

Título: ALMAS
Autor: Lino Chamusca
Ano: 1996
Editora: Scortecci (SP)
Capa e ilustrações: Lessa
Orelha: Rose Rosas
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

VIAGEM ASTRAL

VIAGEM ASTRAL
(Lino Chamusca, in ALMAS)

Se debruço em minhas ideias
E vejo a estrela de nome comum
A hora que se faz perpétua
Carrega de luz a estrada

De braços dados corro o firmamento
E a visão se faz sublime:
Nas torres não existem mais donzelas,
Os dragões já estão todos domados
Não preciso ser heroi
E quem caminha junto a mim
Diz as falas em seu olhar
As palavras não precisam ser ditas
Pois nas mãos o suor é um só

segunda-feira, 29 de junho de 2009

RETRATO EM BRANCO E PRETO

RETRATO EM BRANCO E PRETO
(Romar Pereira, in EU E MEU DESTINO)

Quando restar,
para nós dois,
algo mais que
censuras e sombras,
seremos assim tão velhos...
que nem mais, restarão
sombras das esperanças!...

Inda que sobre,
na velhice, sombras!...

Inda que, de velhas,
não morram as esperanças!...

EU E MEU DESTINO (1996)

Romar Pereira sempre declarou a sua herança de Augusto dos Anjos. E o seu livro EU E MEU DESTINO, que já no título faz uma reverência ao seu grande mestre reflete bem toda essa influência. Nono livro publicado pelo PÓRTICO, segundo na série Calíope, uma obra de grande intensidade poética.

FICHA TÉCNICA

Título: EU E MEU DESTINO
Autor: Romar Pereira
Ano: 1996
Editora: Scortecci (SP)
Capa: Romar Pereira
Orelha: Goulart Gomes
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

sexta-feira, 26 de junho de 2009

POESIA DAS PEDRAS (1996)

A Série Calíope teria continuidade com um dos maiores entusiastas do PÓRTICO, o poeta Odair Campos que publicaria, em 1996, o seu livro Poesia das Pedras.

FICHA TÉCNICA

Título: POESIA DAS PEDRAS
Autor: Odair Campos
Ano: 1996
Editora: Scortecci (SP)
Capa: Thon Spiller (desenho) e Francisco de Sena Santos (foto)
Orelha: Goulart Gomes
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

MULHER

MULHER
(Odair Campos, in POESIA DAS PEDRAS)
Mulher
Perfeita simetria
Mulher
Delicadeza e galhardia
Mulher
Às vezes complexa, inexata
mas que nunca se aparta
da sua querida cria
Mulher
fogo e paixão
Mulher
das poesias... a inspiração
Mulher
frágil coração
Mulher
em qualquer situação, sorria
porque é sempre no calor dos seus braços
que o homem se refugia

MICHAEL FIVE (poetrix)


MICHAEL FIVE

descanse em paz:
os mitos não pertencem
aos mortais

Biografia e Criação Literária - Lançamento


quinta-feira, 25 de junho de 2009

MANIFESTO PÓRTICO (2009)

MANIFESTO PÓRTICO

‘Stamos aqui de passagem. Encruzilhada do mundo. Reencontrados no exercício da palavra dita, bem ou mal-dita para misturar imagem, movimento, ritmo e poesia; beat Rap. Transformar discurso em matéria, sem necessariamente fazer arte pela arte, obtusa, receituário. Nos convém a linguagem das ruas, quebradas, singela, prontas para perfurar o bom gosto. Pensar coletivo ao invés de individuo, da periferia ao centro. Queremos mesmo é arriscar o passo em falso do operário em Construção de Buarque de Holanda, o pregão das feiras e orixás em óleo de Carybé, os capitães de Jorge armados em prosa e lança, as pedras-cabeça de Bel Borba nas vitrines desta cidade agônica de Gregório – quão dessemelhante fora, e estais... Agora, sobretudo, não desejamos salvar o mundo, mas ao menos mover alguns moinhos, se de Quixote todos temos um pouco; utópicos remediados na palavra analgésico-comprimido para amenizar a opressão cotidiana.

‘Stamos aqui de passagem. Para desmontar fórmulas poemáticas, esquemáticas, torná-las síntese dialética entre fora e dentro, lego-linguagem destrancada das amarras gramatiqueiras: neologizar verbos, substantivos, pronomes; arquitetar novas formas de produzir arte como bem assinalou Chico Science. Não pretendemos ofuscar, criar nivelamentos, pois a música está para pintura como o mar para o firmamento. Engrossar o caldo é nosso negócio; dialogar sem salto, transitar do íntimo particular ao universal, numa mistura lírica Ferrez-Oswaldiana: subversão linguística.

Queremos mesmo que haja fogo para incendiar certezas. A morte para nos sentirmos vida. Loucura para não morrermos cegos. Sangue, paixão... Velocidade, atalho, curva; sinal fechado para quem nos relegou aos porões da história – agora reescrevemos nós mesmos nosso próprio destino, e com nossas mãos lançaremos idéias sobre o solo da juventude.

É preciso propagar literaturas, qualquer que fale ao leitor o que ele quer ouvir, seja num boteco, praça, esquina, escola. Ocupar espaços é fazer intervenções onde haja gente, sonhos, esperanças - atitude. Há quem esporre que poesia é artigo de luxo, supérfulo, algo que passamos sem. Digamos que também é o suor no rosto da rapaziada no happenig depois do trampo, as lagrimas das Terezas cansadas de guerra, a cachaça dos Martinhos das Vilas-baixadas, o pão nosso de todo dia nos trens do subúrbio, o feijão no prato de Ferreira Gullar, a iconoclastia de Ginsberg, a dialética de Marley, a utopia de Barreto, a violência estética de Glauber, o onirismo de Kurosawa, o erotismo de Hilda Hilst, a ironia de Waly Salomão.

Atenção: a poesia está no apelo dos meninos malábaris em transe-to. Está nos becos fétidos de mijo, no prazer dos casarios de amor. Está nos dedos do cego tocador de viola, nos inferninhos prisionais, no sorriso esfarelado das meninas da noite. A poesia é a porta entreaberta de Gonzaguinha. E mais: nem todo poema transa, nem todo poema fala, nem todo poema arrepia. O fazer poético é uma cama de gato, caco de vidro, goteira vinda dos telhados da nossa inconsciência ou não... Do asfalto de Drummond de Andrade. Novamente Glauber e seu Santo Guerreiro: é função do artista violentar. Por isso Stamos aqui, entre amigos, de passagem, só para compartilhar, distribuir violentamente, docemente o nosso mel melhor...

Poetas do Recital Pórtico, Junho de 2009.

ROTA

ROTA
(C. Lopes, in AMOR, SONHO E POESIA)
Sou daqui
o timoneiro
do meu barco
da vida
Quando saio do rumo
aprumo, retomo
e traço
o caminho

AMOR, SONHO E POESIA


Com o contínuo sucesso da publicação das antologias, ainda em 1996 decidimos nos lançar em um projeto mais ousado: o Consórcio de Autores. Através desse sistema, o PÓRTICO passou a publicar pelo menos um livro por mês, ao longo de quase dois anos, numa produção editorial poucas vezes vistas antes na Bahia. O primeiro título da Série Calíope foi AMOR, SONHO E POESIA, de Carlos Antonio de Souza Lopes (C. Lopes).
FICHA TÉCNICA

Título: AMOR, SONHO E POESIA
Autor: C. Lopes
Ano: 1996
Editora: João Scortecci (SP)
Capa: Arthur Ghwma
Orelha: Goulart Gomes
Páginas: 40
Tiragem: 500 exemplares

O ADEUS DO VELHO CAPITÃO (trecho)

Saímos de Januária. O "São Francisco" segue sua lenta agonia. Numa roda de carteado, a principal diversão a bordo, tomo conhecimento da lenda do navio-fantasma. A história, contada por Raimundo Nonato, soa como uma profecia. Diz a lenda que um navio-fantasma costuma navegar entre Juazeiro e Pirapora.

"O navio-fantasma aparece sempre em noite escura, sem lua. É um "vapor" enorme e vem todo iluminado. Do seu interior vem música, como se estviesse em festa. A sua luz é tão forte que chega a iluminar as margens do rio"...

O ADEUS DO VELHO CAPITÃO na Imprensa (1996)




O ADEUS DO VELHO CAPITÃO


Foi com grande alegria que recebemos a proposta do escritor e jornalista Josemário Freire Luna para que o seu livro, prestes a entrar na gráfica, recebesse o selo do PÓRTICO. Corria o ano de 1996, e aquele seria o primeiro livro em prosa publicado por nós. Nesse ensaio, o autor "nos conduz, através da magia do seu texto, em uma viagem que não percorre apenas os caminhos do Rio São Francisco. Vai mais longe, através da história, dos mitos, dos sonhos. Incorpora-nos a uma das regiões mais culturalmente ricas do Nordeste", como eu escreveria na "orelha". Josemário já nos deixou, mas marcou a história do PÓRTICO com uma de suas obras publicadas mais significativas.
FICHA TÉCNICA

Título: O ADEUS DO VELHO CAPITÃO (A última viagem do São Francisco)
Autor: Josemário Freire Luna
Ano: 1996
Editora: Pórtico Edições
Capa: Mainá Comunicação
Orelha: Goulart Gomes
Prefácio: Sérgio Mattos
Páginas: 98
Tiragem: 1.500 exemplares
Patrocínio: Prefeitura Municipal de Juazeiro

terça-feira, 23 de junho de 2009

NAVEGAR II





NAVEGAR II
(Arivaldo Purificação, in POR TAIS)



Essa responsabilidade intransferível

Essa necessidade intraduzível

que faz o ser alçar vôos ao infinito

Navegar...

Essa energia inesgotável

essa força motriz

essa constante explosão

que leva o poeta a cantar e chorar

num misto de desilusão e esperança

essência de toda poesia



Navegar...



Essa coisa timidamente explorada

de quebrar as algemas e derrubar os pelourinhos

e transformar senzalas em palcos

em templos de liberdade

que jamais será tardia



Navegar...



Porque é preciso ser como as nuvens

que entregam-se de corpo e alma

aos caprichos da Natureza

e transmutam-se em água

que mata a sede da fera e do beija-lfor

que torna a terra seca em oásis

perpetua a vida

e desafia o deserto.

POR TAIS na Imprensa (1996)

















POR TAIS, a quarta antologia


POR TAIS foi a quarta antologia e quinto livro publicado pelo PÓRTICO. Após a edição internacional de NOSOTROS, voltamos ao cenário nacional, com esta antologia que reuniu autores da Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Ela proporcionaria, também, a nossa primeira incursão ao interior do estado, com um lançamento realizado no município de Mata de São João. O lançamento de POR TAIS comemorou um ano de criação do PÓRTICO em grande estilo. O evento, realizado no Espaço Idearium, no Rio Vermelho, reuniu um grande público. Na ocasião ainda foram entregues os diplomas de Membros Honorários ao artista plástico Deraldo Lima e ao professor, escritor e acadêmico (ALB) João Eurico Matta.
FICHA TÉCNICA
Título: POR TAIS
Autores: Arivaldo Purificação, Bita, Djalma Filho, Enilda, Geórgia Assis, Haroldo Barboza, Ivanise Trindade, José Walber, Lúcia Gomes Macêdo, Odair Campos, Pedro Rodrigues, Silvério da Costa e Verônica Araújo
Ano: 1996
Editora: João Scortecci (SP)
Capa: Goulart Gomes
Páginas: 60
Tiragem: 500 exemplares

segunda-feira, 22 de junho de 2009

NOSOTROS na Imprensa (1996)


A MÚSICA DAS ESTRELAS

(Lita Passos, in NOSOTROS)


A LUA sabia
dos terríveis truques

dos vampiros
e derramou lavas

glaciais na cidade
a noite explodiu

em flores de fogo

o universo virou tabletes

de cinzas

nunca mais

bordarei astros foscos

nem dançarei com fogos de artifícios

a música que as estrelas

TOCAM


NOSOTROS - Antologia Brasil - Espanha

Da Bahia para o mundo! O quarto livro - terceira coletânea - publicada pelo PÓRTICO já teria caráter internacional. NOSOTROS reuniu 32 poetas do Brasil e de várias regiões da Espanha, promovendo um intercâmbio entre os dois países, em uma parceria com a El Paysaje Ediciones, de Vizcaya e contando com o apoio do Consulado da Espanha, em Salvador.

FICHA TÉCNICA


Título: NOSOTROS
Autores: Agustín Garcia Alonso, Alexandre Vídero, Alice Spindola, Angeles Dalúa, Bob Júnior, Candelas Ranz, Carlos Valadares, Esther Laso, Francisca Gutiérrez, Gessé Rodrigues, Goulart Gomes, Jacilene Santos de Souza, Jose Luis Alonso Viñegla, Júlio de Andrade, Lino Chamusca, Lita Passos, Loreta Valadares, Luiz Flávio P. Ribeiro, Marciana Jiménez, Margarita López, Marivaldo Paixão, Miralles Lucea, Odair Campos, Osvaldo Pontes, Rafael del Pino Perea, Ramón Meléndrez, Raul Varela, Romar Pereira, Ronaldo Jacobina, Rose Rosas, Víctor Roz, Vladimir Queiroz.
Ano: 1996
Editora: João Scortecci (SP)
Capa: Goulart Gomes e Júlio de Andrade
Sugestão de título: Lino Chamusca
Páginas: 60
Tiragem: 500 exemplares

SERES & DIZERES na Imprensa (1995)


LAJEDO

(Vladimir Queiroz, in SERES & DIZERES)

Sandália de couro
que as mãos trançaram;
agora na estrada
no uso
levantando poeira.

E o gibão nas costas
do animal
e o lajedo desbravado.

A boca molhada na cacimba
a miséria refeita
farinha inchada
bucho esticado.
Ar para inspirar e flutuar.
Bravo

bravíssimo

heróico.

SERES & DIZERES, de Vladimir Queiroz

Curiosamente, o primeiro livro publicado pelo PÓRTICO, em 1995, não foi de um de nossos diretores, associados ou autores que já tivessem participado das antologias. SERES & DIZERES, poemas, de Vladimir Queiroz, seria a primeira publicação de uma grande série, sempre revelando novos autores, em sua maioria baianos. Na "orelha" do livro, que tive o prazer de escrever, eu já vaticinava: "Vladimir Queiroz é um poeta que estreia muito bem na literatura... Para mim, é uma dádiva que seja este o primeiro livro individual publicado pelo Grupo Cultural Pórtico. Para o leitor, a dádiva é Vladimir ter devolvido ao mundo os poemas que lhe roubou." E realmente, Vladimir iniciava ali uma trajetória poética que continua, até hoje, produzindo alguns dos melhores versos da nossa literatura contemporânea.

FICHA TÉCNICA

Título: SERES & DIZERES
Autor: Vladimir Queiroz
Ano: 1995
Editora: João Scortecci (SP)
Capa: Goulart Gomes, a partir de tela de Juan Miró
Orelha: Goulart Gomes
Páginas: 66
Tiragem: 500 exemplares

sábado, 20 de junho de 2009

PÓRTICO EM NÚMEROS: 1995-2009



205 autores publicados

153 associados

53 títulos editados

14 antologias organizadas

3 concursos literários promovidos

27.130 exemplares impressos

PONTE
(Júlio de Andrade, na antologia VIDE VERSO)
os espinhos
ponte
entre nós
agudos
nossunião
visão desfeita
rarefeita
caule fragilizado
sustentando a flor

VIDE VERSO, a saga continuaria...


O estrondoso sucesso da antologia TEMPOEMA provocou o imediato nascimento de outra coletânea: VIDE VERSO. Com ela o GRUPO PÓRTICO começaria a se expandir para fora da Bahia, com a participação do poeta Haroldo Barboza, do Rio de Janeiro.
FICHA TÉCNICA
Título: VIDE VERSO
Autores: Bob Júnior, Carlos Valadares, Fernando Gomes, Goulart Gomes, Haroldo Barboza, Júlio de Andrade, Léo Vídero, Lino Chamusca, Luiz Flávio, Marcos Cardoso, Marivaldo Paixão, Marli Pessoa e Odair Campos.
Ano: 1995
Editora: João Scortecci (SP)
Organização e Capa: Goulart Gomes e Júlio de Andrade
Páginas: 60
Tiragem: 500 exemplares

TEMPOEMA na Imprensa (1995)








DAS RAZÕES PORQUE OS BAIANOS MIJAM NAS RUAS DA URBI

Um dos poemas da antologia TEMPOEMA que mais obtiveram repercussão foi este, de ANÍSIO LAGE, bem ao estilo do seu mestre Gregório de Mattos:

DAS RAZÕES PORQUE OS BAIANOS MIJAM NAS RUAS DA URBI

Um certo Manoel Ferreira
Oriundo de Lisboa
Gran fidalgo da Coroa
Moço de cheia algibeira
Vivia a gabar-se à toa.
Afirmava que seu malho
Se arreitado como um galho
Medido do pé à ponta
Se o culhão se desconta
Dá dois palmos de caralho.

Mas u'a tal Luzia Benta
Tendo sido desprezada
Por Ferreira, a maufadada
Uma peçonha inventa
Diz que pica tão gabada
Parecia o seu mindinho
Que o troço pequenininho
No cono não se sentia
Que só tinha u'a serventia
Comer cu de passarinho.

O Ferreira, ultrajado
Passou na rua a mijar
Intentando recobrar
Ao exibir seu cajado
A fama de além-mar.
E se as damas gostaram
Os homens o imitaram.
E até hoje na Bahia
Mijar na rua é mania
Os baianos não reparam.

TEMPOEMA, a antologia que deu origem à série...

FICHA TÉCNICA
Título: TEMPOEMA
Autores: André Nepomuceno, Anísio Lage, Arivaldo Purificação, Celma Chastinet, Gessé Rodrigues, Goulart Gomes (organizador), Herval Filho, Júlio de Andrade, Bob Júnior, Lino Chamusca, Luiz Flávio, Marivaldo Paixão, Osvaldo Pontes, Rita Pitangueira, Rose Rosas, Hermógenes Sávio, Antonio Carlos "Solrac" Silva e José Walber.
Ano: 1995
Editora: João Scortecci (SP)
Capa: Goulart Gomes e Júlio de Andrade
Sugestão de título: Marivaldo Paixão
Orelha: Arivaldo Purificação
Apresentação: Antonio Torres
Páginas: 96
Tiragem; 1.000 exemplares

PÓRTICO: Um breve histórico




O GRUPO CULTURAL PÓRTICO é uma das mais bem sucedidas experiências de auto-gestão e produção literária coletiva realizada no Brasil. Ele foi oficialmente criado em 10 de maio de 1995, com a publicação da antologia TEMPOEMA, que reuniu dezoito escritores, colegas de uma mesma empresa. A partir desse momento uma parte daqueles escritores deu continuidade a uma variada gama de atividades culturais, principalmente literárias.

Nos anos subseqüentes o PÓRTICO continuaria a se expandir, não mais como um grupo de colegas, mas absorvendo em suas realizações vários outros autores baianos, de outros estados e até mesmo do exterior. Sua primeira diretoria foi composta pelos poetas Goulart Gomes, Rose Rosas, Luiz Flávio, Júlio de Andrade e Lino Chamusca.

Em seus quatro primeiros anos de existência promoveu a publicação de 30 livros de novos autores, destacando-se duas antologias internacionais reunindo autores do Brasil e da Espanha (Nosotros) e do Brasil e de Cuba (Hermanos). Paralelamente, organizou concursos literários nacionais, performances teatrais, exposição fotográfica e de artes plásticas, apresentações musicais e saraus, dentre outros eventos.

O PÓRTICO atingiu 53 títulos publicados sob seu selo editorial alternativo, que se caracteriza pela cooperação entre os autores, totalizando 27.130 exemplares lançados no mercado.

Os fundadores, na foto: Hermógenes Sávio, Luiz Flávio, José Walber, Osvaldo Pontes , Herval Filho, Rose Rosas, Anísio Lage, Júlio de Andrade, Rita Pitangueira, Celma Chastinet, Goulart Gomes, Lino Chamusca e Bob Júnior (além de André Nepomuceno, Gessé Rodrigues, Arivaldo Purificação, Marivaldo Paixão e Antonio Carlos Silva, que não puderam comparecer ao evento).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Grupo Cultural Pórtico, o recomeço

Boa Noite!

18/06/2009 é uma data histórica para o Grupo Cultural Pórtico. Com a realização do recital PÓRTICO POESIA, organizado pelo poeta Luís Vieira, um dos mais novos, no Espaço Cultural Raul Seixas, Sindicato dos Bancários da Bahia, iniciamos uma nova etapa na existência do nosso grupo. Lá estavam presentes os porticóides Rose Rosas, Carlos Valadares, Vicente Cariri, Cal Ribeiro e a poetrixta Sandra Mamede.

Criado em 10 de maio de 1995, esse adolescente de 14 anos retoma as suas atividades, voltado à divulgação de todas as formas de arte e cultura, em especial a Literatura, abrindo espaços, para antigos e novos autores.

E para marcar esse recomeço estamos inaugurando esse blog, que será o espaço de divulgação e intercâmbio dos nossos associados e amigos. Conheça um pouco mais da história do Pórtico nos textos a seguir. Um grande abraço e seja bem-vindo!

Goulart Gomes, porticóide fundador e presidente em exercício.