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sábado, 20 de junho de 2009

DAS RAZÕES PORQUE OS BAIANOS MIJAM NAS RUAS DA URBI

Um dos poemas da antologia TEMPOEMA que mais obtiveram repercussão foi este, de ANÍSIO LAGE, bem ao estilo do seu mestre Gregório de Mattos:

DAS RAZÕES PORQUE OS BAIANOS MIJAM NAS RUAS DA URBI

Um certo Manoel Ferreira
Oriundo de Lisboa
Gran fidalgo da Coroa
Moço de cheia algibeira
Vivia a gabar-se à toa.
Afirmava que seu malho
Se arreitado como um galho
Medido do pé à ponta
Se o culhão se desconta
Dá dois palmos de caralho.

Mas u'a tal Luzia Benta
Tendo sido desprezada
Por Ferreira, a maufadada
Uma peçonha inventa
Diz que pica tão gabada
Parecia o seu mindinho
Que o troço pequenininho
No cono não se sentia
Que só tinha u'a serventia
Comer cu de passarinho.

O Ferreira, ultrajado
Passou na rua a mijar
Intentando recobrar
Ao exibir seu cajado
A fama de além-mar.
E se as damas gostaram
Os homens o imitaram.
E até hoje na Bahia
Mijar na rua é mania
Os baianos não reparam.

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