(Márcia Lima, in Transparência)
Quando tocares meu corpo
Não esqueças a alma
Para que sejas capaz de ver
A arte do ser se abrir
Sem precisar sonorizar o riso
Ou sucumbir às travas
Até chegarmos ao mundo restrito da graça
A graça de ser uma única vida, no tempo do meu delírio.
Quando tomares meu corpo
Quando tomares meu corpo
Não esqueças de largar as armas
Para que eu possa levá-lo do mundo
Às raízes das flores
E contemplar diluírem-se os conceitos
No tempo de segundos eternos e frágeis.
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