Total de visualizações de página

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O CORPO

O CORPO
(Márcia Lima, in Transparência)

Quando tocares meu corpo
Não esqueças a alma
Para que sejas capaz de ver
A arte do ser se abrir
Sem precisar sonorizar o riso
Ou sucumbir às travas
Até chegarmos ao mundo restrito da graça
A graça de ser uma única vida, no tempo do meu delírio.

Quando tomares meu corpo
Não esqueças de largar as armas
Para que eu possa levá-lo do mundo
Às raízes das flores
E contemplar diluírem-se os conceitos
No tempo de segundos eternos e frágeis.

Nenhum comentário: