O Que Ninguém Escreve
(Jurandir Argôlo, in Antologia Pórtico 2)
a fome é vermelha
centelha que detona esperanças
ao vazio de uma existência negra
nas penumbras olhadas com descaso
pelos luxos desfilados nas ruas
de quem põe vidas às nuas
com palavras fáceis e sorrisos sarcásticos
nada se compara à dor de um ego
e só um cego
não vê o fundo do poço à tona
transbordando o caos e o infortúnio
apagando luzes no fim do túnel
de vidas condenadas à revelia
errantes nesse mundo de Deus
nada justifica os versos vazios
a loucura dos cios
de uma sociedade que perde as cores
alimentando os odores
de uma ganância desmedida
abençoada por mãos estendidas ao léu
de uma fé fantasma
até quando o perdurar das artimanhas
as manhãs sem garantias
a violência como folias
para muitos por trás de gravatas
e brindes com o sangue dos inocentes
que acabam por perder o respiro
antes mesmo de brotarem de sementes
a fome é vermelha
centelha que detona esperanças...
a fome é vermelha
centelha que detona esperanças
ao vazio de uma existência negra
nas penumbras olhadas com descaso
pelos luxos desfilados nas ruas
de quem põe vidas às nuas
com palavras fáceis e sorrisos sarcásticos
nada se compara à dor de um ego
e só um cego
não vê o fundo do poço à tona
transbordando o caos e o infortúnio
apagando luzes no fim do túnel
de vidas condenadas à revelia
errantes nesse mundo de Deus
nada justifica os versos vazios
a loucura dos cios
de uma sociedade que perde as cores
alimentando os odores
de uma ganância desmedida
abençoada por mãos estendidas ao léu
de uma fé fantasma
até quando o perdurar das artimanhas
as manhãs sem garantias
a violência como folias
para muitos por trás de gravatas
e brindes com o sangue dos inocentes
que acabam por perder o respiro
antes mesmo de brotarem de sementes
a fome é vermelha
centelha que detona esperanças...
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